Safári Urbano é tema de oficina no 21º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito

04/07/2017 | por cidadeativa

Com a forte e presente discussão sobre mobilidade a pé no 21º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito realizado pela ANTP, a Cidade Ativa, em parceria com o Pé de Igualdade, propôs oficinas voltadas ao tema. Meli Malatesta, do Pé de Igualdade, ministrou a atividade de “Caminhabilidade – aferindo o nível de serviço de qualidade de calçadas e travessias” e Ramiro Levy,  da Cidade Ativa, “Caminhabilidade – Metodologia para análise de calçadas” durante a manhã do dia 29 de junho, com participação de técnicos e entusiastas de diversas regiões do país.

O desenho traz novas percepções sobre o espaço da calçada.
Crédito: Nathalie Prado

Dentro da temática sobre a mobilidade a pé, é comum que venha rapidamente a mente os inúmeros desafios atrelados ao modal a pé considerando as condições das nossas calçadas, passagens e travessias. No entanto, trazer a importância da relação do pedestre com os espaços da cidade emerge como discussão urgente e necessária, seja para conscientização dos benefícios (tanto para o indivíduo quanto para o meio ambiente) ou para incentivar intervenções que priorizem infraestrutura necessária para garantir maior caminhabilidade.

Reforçando a ideia de que não há uma única maneira de planejar calçadas, a equipe da Cidade Ativa reuniu um grupo de participantes em campo em vias próximas ao entorno do evento para a aplicação do Safári Urbano, a fim de avaliar a experiência do pedestre nos locais determinados.

O desenho como ferramenta de análise trouxe a reflexão sobre a democratização do espaço da rua que, para os participantes, deveria estar presente também fora do grupo exclusivamente técnico. Ainda assim, foi possível comparar as calçadas avaliadas pelas duas metodologias apresentadas: enquanto um grupo verificou características quantitativas, como fluxo de pedestres, o outro avaliou características qualitativas, como a influencia dos elementos construídos na percepção do transeunte.

Foi senso comum entre os participantes a importância desse olhar detalhado e perceptivo sobre como o ambiente construído influencia na escolha pelo modo de deslocamento e como essa prática deve ser adotada no desenvolvimento do planejamento urbano.