
Safári Urbano: metodologia já está disponível para download
novembro 29, 2015 | por cidadeativa
Shaping the Sidewalk Experience: metodologia para avaliação de calçadas
O Safári Urbano é uma metodologia de análise de calçadas baseada em estudo desenvolvido nos Estados Unidos, intitulado “Active Design: Shaping the Sidewalk Experience” (ou “Desenho ativo: moldando a experiência nas calçadas”, em tradução livre para o português). O trabalho, desenvolvido em Nova Iorque a partir da colaboração entre diversos departamentos da prefeitura da cidade, como Secretaria de Planejamento, Construção, Saúde e Transporte, faz parte de uma coleção de estudos e pesquisas que buscam relacionar a forma urbana e o ambiente construído a aspectos da saúde.
A metodologia original foi testada e aprimorada durante o período de desenvolvimento do trabalho pela equipe em Nova Iorque e depois traduzida e adaptada pela Cidade Ativa aqui no Brasil. O material é composto por fichas que orientam a elaboração das perspectivas, de desenhos técnicos para obtenção de medidas e quantificações e que indicam a coleta de parâmetros obtidos em campo e facilitam a compreensão – e comparação – dos elementos que caracterizam as calçadas avaliadas. Ao final do Safári Urbano, a calçada é avaliada qualitativamente pelos pesquisadores, o que permite comparar estudos de caso e identificar oportunidades e desafios para projetos de calçadas.
Acesse AQUI o material e faça a avaliação da calçada que preferir.
Saiba como foi o Safári Urbano no Seminário Cidades a Pé
O Seminário Cidades a Pé começou na última terça, dia 26. A Cidade Ativa foi responsável por organizar uma das oficinas do dia: o Safári Urbano.
A palestra, ministrada por Gabi Callejas, fundadora da Cidade Ativa, abordou os principais pontos do active design e apresentou os projetos da organização. Toda a metodologia do Safári Urbano foi apresentada.
Os participantes dividiram-se em grupos e espalharam-se por 16 calçadas nos arredores do Instituto Tomie Othake, em Pinheiros. Por cerca de uma hora, os participantes, cada um com seu material, puderam observar e desenhar cada plano da calçada. Cada membro do grupo ficou responsável por um dos planos: do piso, da via, da cobertura e do edifício. A experiência do pedestre é um dos principais pontos de análise do estudo.
Para a produtora cultural Andressa Romanek, a atividade a ajudou a pensar a rua como um espaço para a promoção de eventos e festas. “Essa praça”, diz ela apontando para a Praça dos Amaguás, “poderia ser um ótimo local para um evento aberto ao público “. Karen Mazzola, da Prefeitura de Jundiaí, lembrou-se dos primeiros anos de faculdade, desenhando com a prancheta em mãos. A arquiteta acredita que Jundiaí esteja seguindo os passos de São Paulo em relação à mobilidade urbana.
No final da atividade, todos voltaram para o auditório e compartilharam suas análises sobre cada espaço avaliado. De calçadas com seis metros de largura até ambientes inóspitos para os pedestres, o debate possibilitou a reflexão sobre os diferentes tipos de calçadas e diversas experiências vividas pelos pedestres nesses locais.
Confira as fotos da oficina na nossa página do Facebook.
*Texto elaborado por Gabriela Boccaccio.
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