
Com oficina sobre metodologias de análise do espaço público, Cidade Ativa engaja futuros engenheiros civis na Faculdade de Engenharia da Unesp-Bauru
maio 28, 2019 | por cidadeativa
O tema “Inovação e diversidade: pessoas que fazem o amanhã” orientou a XXIII Semana de Engenharia da Unesp – Bauru (Semeng), que teve o objetivo de explorar a atuação dos profissionais da área e seu impacto na sociedade. A convite da organização do evento, participamos com uma oficina de leituras urbanas, com abordagem de metodologias de análise de espaços públicos e comportamento de usuários. Mariana, conselheira e representante da Cidade Ativa, abordou os métodos de Safári Urbano, contagens de fluxo de pessoas e veículos, mapeamento de atividades de permanência, entrevistas com usuários e técnicas para levantamento geométrico.
O objetivo da atividade foi de instigar novas reflexões sobre o ambiente construído entre os participantes e ressaltar a importância da atuação conjunta entre planejadores urbanos e engenheiros na produção de nossas cidades. No período da tarde do dia 20 de maio, mais de 15 alunos do curso de Engenharia Civil estiveram presentes durante a atividade que, além da apresentação teórica, contou com aplicação prática das metodologias citadas.
Divididos em três grupos, cada equipe definiu o local para coleta de dados dentro do campus, o que possibilitou percepções diferentes sobre os espaços. Um grupo avaliou uma via com tráfego calmo de veículos e pessoas, com faixas de estacionamento dos dois lados; outro ficou próximo a uma esquina em uma das vias principais de circulação de veículos dentro do campus, com presença de bicicletário e; por fim, o terceiro grupo analisou o espaço conhecido como “bosque”, similar a uma pequena praça com bancos e vegetação.
Ao retornar para a sala de aula, os alunos refletiram sobre a observação em campo e os diferentes tipos de dados que cada ferramenta pode revelar, assim como as dificuldades de aplicação de cada uma. Durante a coleta de dados, a metodologia de mapeamento de atividades de permanência, por exemplo, ajudou a entender a dinâmica dos usos existentes e como eles poderiam ser melhorados no futuro: em dois dos pontos de levantamento não havia presença de bancos, mas muita gente estava sentada em lugares improvisados – como no chão ou muretas.
Os estudantes também mencionaram que a discussão sobre planejamento e desenho urbano não acontece com frequência no meio acadêmico e isso pode fragilizar a atuação desses futuros profissionais na produção de espaços da cidade. Ainda, revelaram animados que conhecer e se apropriar dos métodos despertou o olhar em como se relacionam com a cidade e sobre a experiência que cada espaço proporciona para as pessoas a partir da presença de mobiliários, vegetação, cores, texturas e outros elementos.
Com entusiasmo, a atividade foi encerrada com a mensagem de que “Antes de sermos engenheiros ou arquitetos, nós somos pessoas. Somos pessoas que habitam e produzem espaços.”
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