“Quando transformamos paisagens, transformamos pessoas” foi tema de palestra na Unip Indianópolis

17/11/2017 | por cidadeativa

Aconteceu no dia 23/10 uma mesa redonda que deu início à “Jornada Multidisciplinar de Arquitetura e Urbanismo – diversidade na arquitetura e urbanismo” na Unip Indianópolis. Ao lado de Jorge Bassani, arquiteto urbanista e professor na FAUUSP, Mariana Wandarti teve a oportunidade de apresentar o trabalho da Cidade Ativa,  abordando questões sobre a ocupação e transformação do espaço público através de intervenções simples realizadas por diversos grupos na cidade (coletivos, organizações, associações e cidadãos comuns).

Estavam presentes alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo e, a fim de contextualizar o tema da palestra, Jorge Bassani deu início ao debate trazendo alternativas ao “urbanismo institucional” – aquele que trata de planos e grandes projetos urbanos, legislação urbanística e processos que dependem de intervenção do poder público – e introduzindo o termo  “urbanismo tático” – aquele constituído por  intervenções de baixo custo e a curto prazo, geralmente realizados pela sociedade civil. Jorge ainda apresentou exemplos de ocupação dos espaços públicos no Brasil – com o Grupo Manga Rosa ao Ar Livre (que surgiu na década de 70) e A Batata Precisa de Você – e em outras  cidades ao redor do mundo – com o coletivo de arquitetos, urbanistas e artistas de Madrid, Todo Por La Praxis.

Na sequência, Mariana relacionou o contexto com a atuação da organização. Mariana contou que, através de diversas ações, a organização busca novas maneiras de atuação e reinventa processos de fazer cidade, com ferramentas lúdicas e participativas. Através das iniciativas Olhe o Degrau, Leituras Urbanas, Safári Urbano e Como Anda, Mariana questionou a forma de atuação do arquiteto urbanista. Ela ressaltou que o ponto comum entre as iniciativas da organização é a participação e engajamento com a comunidade local, algo que raramente é abordado na universidade.

Acreditamos que a nossa presença em ambientes acadêmicos é essencial para que possamos questionar como o urbanismo  abordado atualmente nas universidades. Além disso, é necessário falar sobre  processos alternativos (de baixo para cima) e novas metodologias de análise e engajamento, considerando os debates latentes em nossas cidades que devem ser respondidos por urbanistas em todo país.


Cidade Ativa apresentou suas iniciativas a fim de expandir a visão sobre a atuação do urbanista.
Crédito: Letícia