Oficina de Safári Urbano aconteceu no International Honors Program

13/09/2017 | por cidadeativa

No início de Setembro, a Cidade Ativa realizou pela terceira vez a oficina de Safári Urbano com alunos do International Honors Program 2017, que reúne estudantes de diferentes cidades dos Estados Unidos e de distintas áreas de estudo, a fim de identificar e analisar oportunidades e desafios de cidades ao redor do mundo.

No dia anterior à oficina (11.09), Gabriela Callejas, cofundadora e diretora da organização, apresentou a essência e principais iniciativas da Cidade Ativa para que, no dia seguinte (12.09), as metodologias de Safári Urbano e Leituras Urbanas fossem aplicadas em campo.

Alunos aplicando a metodologia de Safári Urbano.
Crédito: Cidade Ativa

Na ida a campo, os alunos foram divididos em dois grupos para que pudessem avaliar e analisar duas tipologias de diferentes trechos de calçada no centro de São Paulo, uma na Rua General Jardim e a outra na Rua Doutor Vila Nova, próximas à Praça Rotary e ao Hospital Santa Casa.

Cada integrante realizou diversas atividades contempladas nas metodologias apresentadas, como: contagem de fluxo de pedestres e veículos, levantamento de atividades de permanência existentes no local, observação dos elementos que compõem o espaço através do desenho dos planos no Safári Urbano e avaliação de critérios que indicam bons espaços públicos: segurança, proteção, acessibilidade, diversidade/versatilidade, atratividade, conectividade e resiliência/sustentabilidade. Ainda dentro das atividades propostas, mediram dimensões das calçadas e vias para realização dos desenhos de observação e foram instigados a refletirem sobre a distribuição e proporção do espaço destinado a pedestres e veículos.

Após o retorno do levantamento de campo, os alunos expressaram suas principais impressões e questionamentos sobre a calçada avaliada, assim como a experiência de cada um com a aplicação da metodologia. De maneira geral, os comentários mais presentes nas falas foram sobre a percepção mais detalhada de elementos que influenciam na experiência de quem caminha: falta de acessibilidade, não padronização do piso e iluminação insuficiente.

Dessas reflexões, os estudantes identificaram oportunidades e desafios das calçadas analisadas e surgiram temas relacionados a conservação do espaço, responsabilidades dos diversos agentes que atuam no território da calçada, dimensão adequada para circulação de pedestres, entre outros.

O grupo notou a importância de consultar os usuários do cotidiano do local para entender quais são as mudanças necessárias para tornar o espaço mais atrativo para pessoas e assim, garantir calçadas mais inclusivas.