Um novo capítulo para a Cidade Ativa: lançamento do livro “Cidades: Perspectivas Plurais sobre nossos territórios de viver

Desde 2014, temos explorado a interseção entre planejamento urbano e saúde pública, construindo uma trajetória que agora se materializa no capítulo “Cidades Ativas: Cidades que movimentam pessoas”, do livro Cidades: Perspectivas Plurais sobre nossos territórios de viver. Inspirados pelo movimento internacional do Active Design, compreendemos que as cidades podem — e devem — ser aliadas do bem-estar. A semente dessa jornada foi plantada no encontro Fit Cities São Paulo, que reuniu vozes diversas em torno de um objetivo comum: transformar o modo como planejamos, vivemos e nos movemos pelos nossos territórios.

Conferência Fit Cities São Paulo, 2014.

Conferência Fit Cities São Paulo, 2014.

Conferência Fit Cities São Paulo, 2014.

Conferência Fit Cities São Paulo, 2014.

Conferência Fit Cities São Paulo, 2014.

Conferência Fit Cities São Paulo, 2014.

Gabriela Callejas em participação on-line no evento de lançamento da publicação

Conferência Fit Cities São Paulo, 2014.

Ao longo dessa caminhada, estruturamos nossa atuação em três eixos que permeiam todas as nossas iniciativas. No [RE]CONHECER, observamos os territórios, coletamos dados e escutamos pessoas para compreender dinâmicas locais. No [CO]CRIAR, desenvolvemos soluções em parceria com comunidades e instituições, transformando diagnósticos em projetos concretos. Já no [IN]FORMAR, compartilhamos conhecimentos, fortalecemos redes e criamos pontes para que outras pessoas e organizações possam também ativar seus territórios. Essa metodologia nos permitiu ampliar impactos e adaptar nossas ações às múltiplas realidades do país.

Dessa lógica nasceram frentes as leituras urbanas, que revelaram o potencial de mais de uma centena de ruas e praças; o Olhe o Degrau, que ressignificou escadarias e devolveu mobilidade e pertencimento aos pedestres; o Como Anda, que conectou centenas de iniciativas voltadas à mobilidade a pé; o Mobilidade em Transformação, que formou quase mil pessoas em todo o Brasil; o Cidade do Sim, que trouxe as crianças para o centro do planejamento; e o Comunidades Saudáveis, que aproxima a saúde pública do planejamento urbano, traduzindo pesquisas em ações concretas para melhorar a qualidade de vida das pessoas nos territórios. Cada uma dessas ações demonstra que pequenas transformações no espaço podem gerar grandes mudanças na vida cotidiana.

No lançamento online, realizado no dia 26/11/2025, no canal do YouTube do CEPEDOC Cidades Saudáveis, Gabriela Callejas refletiu sobre como diferentes agendas urbanas podem se articular para construir territórios de vida digna, democrática e justa. A partir da trajetória da organização, destacou que essa articulação vai muito além de reunir setores ou disciplinas: ela exige espaços de troca e formação interdisciplinares; intersecção intencional de agendas no desenho e acompanhamento de programas que conectem áreas como  saúde, educação, planejamento urbano, inclusão, e clima; e, acima de tudo, processos participativos genuínos, onde as comunidades se tornam protagonistas dos processos de transformação dos territórios. 

Ao longo da nossa trajetória, aprendemos que somente quando valorizamos saberes diversos, criamos redes inclusivas e traduzimos conhecimento em ações concretas, conseguimos transformar territórios em espaços de cuidado, pertencimento e justiça social, mostrando que cidades saudáveis são, acima de tudo, resultado de colaboração, escuta e engajamento coletivo. A roda de conversa contou também com as participações de: Adriana Castro (IFF/Fiocruz), Marcelo Karloni (BR Cidades), Cinira Francisca Alves Bastos (Rede Brasileira Cidades Educadoras), Rosilda Mendes (CEPEDOC – Cidades Saudáveis), Ana Maria Sperandio (FECFAU/UNICAMP) e Marcelo Guimarães (ENSP/Fiocruz).

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